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INSS Restabelece Autorização Judicial para Empréstimos Consignados de Titulares Incapazes no Brasil
Em uma decisão que visa proteger os direitos dos titulares incapacitados e seus representantes legais, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) restabeleceu a necessidade de autorização judicial para novas contratações de empréstimos consignados contraídos em benefícios pagos pela autarquia. Essa medida foi regulamentada pela Instrução Normativa 1902025, assinada pelo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior.
A decisão do INSS tem como base uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o instituto. O desembargador federal Carlos Delgado, da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), julgou que a eliminação da exigência de autorização judicial para contratação de empréstimos consignados era ilegal e prejudicial aos titulares incapacitados. Com isso, os bancos e instituições financeiras estão agora impedidos de aceitar novos contratos firmados apenas com a assinatura do representante legal, sem autorização judicial.
É importante destacar que essa medida não afeta os empréstimos contratados antes da vigência da IN 1902025. O INSS informou que esses contratos permanecem válidos e não serão anulados. No entanto, para novas contratações de empréstimos consignados, será necessário obter autorização judicial, garantindo assim a proteção dos direitos dos titulares incapacitados.
A medida do INSS visa equilibrar os interesses das partes envolvidas e evitar que representantes legais possam agir de forma desleal em nome dos titulares incapazes. Além disso, essa decisão também busca proteger os direitos dos titulares incapacitados, garantindo que seus recursos sejam utilizados para sua própria melhoria e não para fins pessoais.
A implementação dessa medida é um passo importante na proteção dos direitos das pessoas com deficiência ou incapacidade. Com isso, o INSS está demonstrando seu compromisso em garantir a justiça e a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos. A decisão também serve como um exemplo da importância da colaboração entre as instituições públicas e do papel fundamental dos Ministérios Públicos na defesa dos direitos das pessoas.