Pastagens degradadas representam hoje um dos maiores desafios para a produtividade pecuária no Brasil. Segundo o empresário e fundador, Aldo Vendramin, a recuperação do solo deixou de ser uma alternativa e passou a ser necessidade operacional e ambiental. Solos exauridos reduzem o potencial de produção, elevam custos com insumos e aumentam a pressão sobre novos desmatamentos. A degradação impacta a rentabilidade e compromete a sustentabilidade da propriedade.
A pecuária moderna exige manejo responsável, planejamento e observação criteriosa do ambiente. Pastagens degradadas não surgem de uma única safra, mas de ciclos repetidos de uso sem reposição, compactação do solo, ausência de rotação e baixa matéria orgânica. Nesse cenário, a regeneração do solo não é apenas técnica agronômica, mas estratégia econômica.
Se você procura dicas para implementar algumas técnicas e recuperar seu solo e sua produção, este artigo é pra você! Confira tudo isso a seguir.
Por que as pastagens se degradam?
A degradação das pastagens geralmente está ligada à combinação de fatores. Sobrepastejo, falta de correção, pragas e baixa fertilidade resultam em menor cobertura vegetal e compactação. Como Aldo Vendramin elucida, o solo perde estrutura, infiltração e capacidade de suporte. O capim baixa, a erosão se intensifica e as áreas tornam-se improdutivas.

Junto a isso, mudanças climáticas ampliam o risco, dado que, estiagens prolongadas e chuvas intensas agravam processos erosivos. Solos desestruturados não conseguem reagir a variações extremas. Quando o solo perde sua capacidade de retenção, a água passa a ser agente de desgaste, não de produção.
Recuperação com base em técnicas regenerativas
A recuperação de pastagens degradadas passa pela adoção de técnicas regenerativas que devolvem vida ao solo. Isso implica aumentar matéria orgânica, estimular microbiota, melhorar infiltração, reduzir compactação e ampliar diversidade. O solo saudável é ativo produtivo e patrimônio da propriedade, expõe o senhor Aldo Vendramin.
A regeneração exige mudança de mentalidade. Em vez de apenas corrigir sintomas, o produtor precisa reconstruir processos naturais. O objetivo é criar um sistema produtivo auto sustentável, capaz de se manter com menos insumos externos.
Técnicas regenerativas aplicáveis na pecuária
Existem práticas consolidadas que reduzem a degradação e ampliam a capacidade produtiva. Algumas das ações que contribuem diretamente para recuperação de pastagens incluem:
- Rotação de pastagens para reduzir o sobrepastejo, dar tempo de rebrota e equilibrar a lotação.
- Correção e adubação do solo, com análise prévia, para suprir nutrientes essenciais e melhorar o desenvolvimento das plantas forrageiras.
- Cobertura vegetal permanente com espécies adaptadas para proteger o solo e ampliar a infiltração da água.
- Integração lavoura–pecuária–floresta, que diversifica o ambiente e reduz riscos climáticos e fitossanitários.
- Compostagem e remineralização, adicionando matéria orgânica e minerais para revitalizar o solo de forma gradual e sustentável.
- Descompactação mecânica ou biológica, aumentando o fluxo de raízes, água e oxigênio na estrutura do solo.
Essas técnicas não funcionam isoladamente. A regeneração depende de planejamento e continuidade.
Papel da biologia do solo na regeneração
A biologia do solo desempenha papel central. Micro-organismos, raízes e matéria orgânica criam ambiente favorável ao desenvolvimento das plantas. Conforme frisa Aldo Vendramin, a biologia do solo é mecanismo natural e duradouro de fertilidade. Sistemas vivos oferecem resiliência, retêm água e reduzem pragas através do equilíbrio.
Aumentar a matéria orgânica fortalece o solo e reduz a dependência de insumos industriais. A compostagem transforma resíduos da propriedade em fertilidade. A adição de pó de rocha, por sua vez, repõe minerais e melhora a estrutura.
A diversidade vegetal também contribui, visto que plantas de raízes profundas romperam camadas compactadas. Espécies leguminosas fixam nitrogênio. A interação dessas plantas cria um ambiente fértil e produtivo.
Regeneração e retorno financeiro
Regenerar o solo traz retorno financeiro. Produtores observam aumento de produtividade, melhor qualidade da forragem e redução de gastos com suplementação. Em médio prazo, o solo responde com estabilidade. Tal como alude o senhor Aldo Vendramin, regenerar o solo significa planejar o futuro da propriedade.
Para além deste fator, práticas regenerativas valorizam a imagem do produtor. O mercado se orienta para sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Programas de certificação e créditos de carbono reconhecem esforços concretos de redução de impacto e aumento de captura.
A recuperação de pastagens abre portas para novos mercados, maior competitividade e integração com políticas públicas de transição sustentável.
Recuperar, preservar e produzir
Pastagens degradadas não representam apenas perda de produtividade. São alerta sobre a necessidade de transformação. Regenerar o solo significa preservar o patrimônio, ampliar o potencial de produção e reduzir riscos ambientais.
Assim como considera Aldo Vendramin, a produção agropecuária moderna depende de manejo consciente e contínuo. Técnicas regenerativas colocam a propriedade na rota da sustentabilidade real. Recuperar o solo é investimento e estratégia.
Quando solo, cobertura vegetal e manejo operam em equilíbrio, a propriedade produz com mais eficiência, resiliência e responsabilidade. Regenerar é produzir melhor.
Autor: Luanve Urimkoilslag

