Os hábitos sedentários são cada vez mais comuns nas rotinas modernas e, conforme frisa o urologista Lawrence Aseba Tipo, representam um risco direto à saúde da bexiga e dos rins. Uma vez que permanecer sentado por longos períodos, reduzir a ingestão de água e negligenciar pausas ativas cria um cenário favorável à retenção urinária, à má circulação sanguínea e a complicações renais silenciosas que podem evoluir sem sintomas claros. Pensando nisso, a seguir, exploraremos os principais aspectos que ligam o sedentarismo ao sistema urinário.
Entenda com Lawrence Aseba Tipo, a conexão entre o sedentarismo e a retenção urinária
A retenção urinária surge quando a bexiga não é esvaziada com a frequência adequada. Permanecer sentado por horas dificulta a contração natural do detrusor, o músculo que ajuda a expulsar a urina. Essa postura prolongada comprime a bexiga, favorecendo o acúmulo de líquido e aumentando o risco de infecções do trato urinário. Além disso, a ingestão insuficiente de água, comum em situações assim, torna a urina mais concentrada, irritando a mucosa vesical e provocando dor ao urinar.

De acordo com Lawrence Aseba, a combinação de sedentarismo e hidratação inadequada prejudica o equilíbrio eletrolítico fundamental para o bom funcionamento renal. Logo, o resultado é uma sobrecarga metabólica que, ao longo do tempo, pode levar a cálculos e à redução da taxa de filtração glomerular, parâmetro que mede a eficiência dos rins.
Sedentarismo causa má circulação? Entenda os impactos renais
O sedentarismo dificulta o retorno venoso, causando edema nos membros inferiores e reduzindo o aporte de oxigênio aos tecidos renais. Essa hipoperfusão crônica compromete a eliminação de resíduos nitrogenados, gerando um ambiente propício à formação de cristais de oxalato e cálcio. A tensão arterial também tende a subir, intensificando o desgaste dos glomérulos renais.
Inclusive, pacientes com estilo de vida sedentário apresentam maior incidência de insuficiência renal crônica em fases mais precoces. Aliás, a situação torna-se ainda mais grave quando associada a fatores de risco como diabetes, hipertensão e obesidade, comuns em indivíduos que se movimentam pouco no dia a dia, como comenta Lawrence Aseba Tipo, médico cirurgião urologista e professor da residência médica de Urologia do Hospital Estadual de Vila Alpina.
Consequências silenciosas para a bexiga e os rins
Segundo o médico urologista Lawrence Aseba, as complicações podem evoluir de forma assintomática. Uma vez que infecções recorrentes, perda de elasticidade da bexiga e microlesões renais nem sempre provocam dor imediata. Assim sendo, exames como a ultrassonografia renal, urofluxometria e creatinina sérica devem ser solicitados preventivamente em pacientes com rotina sedentária. Dessa maneira, detectar alterações iniciais possibilita uma intervenção menos invasiva e uma melhora considerável na qualidade de vida.
Hábitos simples que protegem bexiga e rins
A seguir, confira uma breve lista de boas práticas para evitar problemas urinários.
- Levantar-se a cada 30 minutos para caminhar pelo menos dois minutos
- Beber entre 35 ml e 40 ml de água por quilo de peso corporal ao longo do dia
- Agendar pausas ativas após reuniões longas ou tarefas de grande concentração
- Incluir alongamentos que estimulem a região lombar e o abdômen
- Ajustar a ergonomia da cadeira para diminuir a pressão na bexiga
Movimente-se para preservar seus rins
Em última análise, o sedentarismo e a saúde urinária não combinam. Já que a estagnação sanguínea, aliada à retenção urinária, acelera processos inflamatórios que comprometem a bexiga e elevam o risco de lesões renais, conforme pontua Lawrence Aseba Tipo. Logo, interromper longos períodos sentado e priorizar a ingestão hídrica são práticas fundamentais para prevenir problemas urinários. Portanto, adote pausas ativas, hidrate-se adequadamente e consulte um urologista regularmente para garantir que sua bexiga e seus rins permaneçam saudáveis.
Autor: Luanve Urimkoilslag